Conta-nos um historiador judeu que, quando uma pessoa era condenada à
prisão, isso no contexto do Novo Testamento, um papel com o timbre do governo
romano era fixado à porta da cela indicando os crimes cometidos e a conseqüente
condenação. À medida que as penas individualizadas eram cumpridas, a folha que
continha a condenação recebia informações sobre a cessação dos seus efeitos,
quando, então, se utilizava um “risco”.
Paulo falava
sobre isso na sua epístola aos Colossenses: “...e havendo [Cristo] riscado
o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era
contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz (2:14)
Depois de
cumpridas, totalmente, as penas, uma espécie de carimbo com a palavra grega tetelestai
era superposta à lista de condenação, extinguindo assim a culpa do
ex-criminoso. A pessoa, então, ficava livre, liberta.
Bem, em João
19:30, lemos o seguinte texto: “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre,
disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”. A
palavra de que se utilizou João para traduzir a expressão “está consumado” foi
exatamente esta: tetelestai. Tetelestai é o clássico exemplo da flexão
de um verbo grego no passado (pretérito) perfeito. Isso significa dizer que o
ato que estava sendo consumado era – ou é – um ato perfeito; acabado; que não
necessita de qualquer outra condição.
Quanto
consolo nos traz essa palavra dita por Cristo na cruz. É por isso que Paulo
assevera: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo
Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, nos livrou da lei do
pecado e da morte”.
Mas,
parafraseando Paulo, que diremos, pois, acerca destas coisas? Que atitude
devemos ter diante de tão grande amor e entrega por parte do Santo Senhor Nosso
Jesus Cristo que, com um único sacrifício, nos aperfeiçoou para sempre?
Pense nisso.
E tenha uma
boa semana.