terça-feira, 20 de março de 2012

Está Consumado...

Conta-nos um historiador judeu que, quando uma pessoa era condenada à prisão, isso no contexto do Novo Testamento, um papel com o timbre do governo romano era fixado à porta da cela indicando os crimes cometidos e a conseqüente condenação. À medida que as penas individualizadas eram cumpridas, a folha que continha a condenação recebia informações sobre a cessação dos seus efeitos, quando, então,  se utilizava um “risco”.
Paulo falava sobre isso na sua epístola aos Colossenses: “...e havendo [Cristo] riscado o escrito de dívida que havia contra nós nas suas ordenanças, o qual nos era contrário, removeu-o do meio de nós, cravando-o na cruz (2:14)
Depois de cumpridas, totalmente, as penas, uma espécie de carimbo com a palavra grega tetelestai era superposta à lista de condenação, extinguindo assim a culpa do ex-criminoso. A pessoa, então, ficava livre, liberta.

Bem, em João 19:30, lemos o seguinte texto: “Então Jesus, depois de ter tomado o vinagre, disse: está consumado. E, inclinando a cabeça, entregou o espírito”. A palavra de que se utilizou João para traduzir a expressão “está consumado” foi exatamente esta: tetelestai. Tetelestai é o clássico exemplo da flexão de um verbo grego no passado (pretérito) perfeito. Isso significa dizer que o ato que estava sendo consumado era – ou é – um ato perfeito; acabado; que não necessita de qualquer outra condição.

Quanto consolo nos traz essa palavra dita por Cristo na cruz. É por isso que Paulo assevera: “Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus. Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, nos livrou da lei do pecado e da morte”.
Mas, parafraseando Paulo, que diremos, pois, acerca destas coisas? Que atitude devemos ter diante de tão grande amor e entrega por parte do Santo Senhor Nosso Jesus Cristo que, com um único sacrifício, nos aperfeiçoou para sempre?

Pense nisso.
E tenha uma boa semana.

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